Olhei para todos os lados procurando-a, foi então que ouvi sua voz novamente.
- Aqui no interfone, seu bobo - Ouvi os sons de sua risada parecendo se divertir com minha confusão então percebi que ela me observava de uma das janelas.
Ela acenou para mim e fez sinal para que eu esperasse. Encostei-me a um poste que estava ao meu lado apoiando um dos pés no mesmo e em menos de um minuto ela já abria o portão de sua casa vindo ao meu encontro. Os cabelos soltos como sempre deixando uma parte cair sobre seus seios e a maior parte dele escorrido em suas costas. Ela estava maquiada diferente das outras vezes que havíamos nos encontrado no mesmo dia, mas sem muito exagero, suas bochechas estavam rosadas e o batom em seus lábios parecia ser da mesma tonalidade. Usava um vestido branco com um pequeno laço na parte superior direita coberto em partes pelo cabelo dela, seus ombros e pernas estavam à amostra, “incrivelmente linda”. Era a única coisa que eu conseguia pensar naquele momento.
- Então você vem aqui na minha porta depois de ter sido convidado, não se da nem ao menos o trabalho de chamar e vai embora? - Ela falou interrompendo o silêncio que se formava durante a admiração.
- Não é bem assim, eu...
- Eu estava vendo tudo pela janela, e você...
- Quer dizer que estava tão ansiosa pela minha chegada que não conseguia sair da janela, imagino como ficou feliz por me ver - No jogo de interrupções parece que finalmente a venci, ela parecia tentar pronunciar alguma coisa, mas sua fala era cortada e no fim não saiu mais nada da boca de Kanade. Ela me olhava, suas bochechas mais vermelhas ainda, parecia um pouco irritada com minha insinuação apesar de não discordar dela em nenhum momento agora com a cabeça baixa mexendo o pé no chão como uma criança birrenta.
- Aqui no interfone, seu bobo - Ouvi os sons de sua risada parecendo se divertir com minha confusão então percebi que ela me observava de uma das janelas.
Ela acenou para mim e fez sinal para que eu esperasse. Encostei-me a um poste que estava ao meu lado apoiando um dos pés no mesmo e em menos de um minuto ela já abria o portão de sua casa vindo ao meu encontro. Os cabelos soltos como sempre deixando uma parte cair sobre seus seios e a maior parte dele escorrido em suas costas. Ela estava maquiada diferente das outras vezes que havíamos nos encontrado no mesmo dia, mas sem muito exagero, suas bochechas estavam rosadas e o batom em seus lábios parecia ser da mesma tonalidade. Usava um vestido branco com um pequeno laço na parte superior direita coberto em partes pelo cabelo dela, seus ombros e pernas estavam à amostra, “incrivelmente linda”. Era a única coisa que eu conseguia pensar naquele momento.
- Então você vem aqui na minha porta depois de ter sido convidado, não se da nem ao menos o trabalho de chamar e vai embora? - Ela falou interrompendo o silêncio que se formava durante a admiração.
- Não é bem assim, eu...
- Eu estava vendo tudo pela janela, e você...
- Quer dizer que estava tão ansiosa pela minha chegada que não conseguia sair da janela, imagino como ficou feliz por me ver - No jogo de interrupções parece que finalmente a venci, ela parecia tentar pronunciar alguma coisa, mas sua fala era cortada e no fim não saiu mais nada da boca de Kanade. Ela me olhava, suas bochechas mais vermelhas ainda, parecia um pouco irritada com minha insinuação apesar de não discordar dela em nenhum momento agora com a cabeça baixa mexendo o pé no chão como uma criança birrenta.
- Vamos entrar então, com essa roupa você não vai durar muito tempo aqui fora nesse frio - Dessa vez foi eu quem deu um fim ao silêncio.
Ela entrou primeiro e eu a segui, caminhamos sobre algumas pedras bem ajeitadas cercados pelo que parecia ser um belo jardim antes de ser completamente tomado pela neve, agora tudo em volta era branco até o estreito caminho entre o portão e a porta da casa pelo qual seguíamos. O lugar era bem simples e por fora percebia que não deveria ter mais do que dois andares. Ela abriu a porta e entramos, levei um pequeno choque térmico com a mudança de temperatura, dentro da casa estava quente talvez pela concentração de muitas pessoas.
Aos poucos fui apresentado a cada um dos amigos e amigas de Kanade, entre elas conheci até a garota que me deu uma voadora mais cedo, ela se desculpou com tanta sinceridade que cheguei a me sentir culpado mesmo sendo a vítima. Por fim conheci os pais dela e meu nervosismo diminuiu bastante depois disso já que eles conversavam bastante sem nenhuma suspeita. Pela primeira vez em muito tempo me senti normal e bem vindo em algum lugar onde ninguém me olharia diferente por não ter uma família.
Por um momento enquanto jantávamos parei para pensar em quando acordei, nunca imaginaria que meu natal seria tão diferente, durante todo esse tempo que degustávamos de tudo o que havia na mesa não conseguia parar de olhar para Tachibana. Nós fomos os primeiros a terminar a refeição pedimos licença aos outros e nos voltamos par a varanda. Era iluminada apenas pelas luzes que vinham de fora: postes e Lua. O que me fazia imaginar várias cenas românticas com a garota que estava agora ao meu lado. Logo ela se sentou em um pequeno muro a nossa direita e eu me sentei ao seu lado apoiando a palma das minhas mãos no murinho. Kanade balançava as pernas enquanto eu encarava uma nuvem que por alguns segundos encobriu a Lua. Estávamos parecendo duas crianças imaturas sem palavras, e era isso mesmo.
Ela entrou primeiro e eu a segui, caminhamos sobre algumas pedras bem ajeitadas cercados pelo que parecia ser um belo jardim antes de ser completamente tomado pela neve, agora tudo em volta era branco até o estreito caminho entre o portão e a porta da casa pelo qual seguíamos. O lugar era bem simples e por fora percebia que não deveria ter mais do que dois andares. Ela abriu a porta e entramos, levei um pequeno choque térmico com a mudança de temperatura, dentro da casa estava quente talvez pela concentração de muitas pessoas.
Aos poucos fui apresentado a cada um dos amigos e amigas de Kanade, entre elas conheci até a garota que me deu uma voadora mais cedo, ela se desculpou com tanta sinceridade que cheguei a me sentir culpado mesmo sendo a vítima. Por fim conheci os pais dela e meu nervosismo diminuiu bastante depois disso já que eles conversavam bastante sem nenhuma suspeita. Pela primeira vez em muito tempo me senti normal e bem vindo em algum lugar onde ninguém me olharia diferente por não ter uma família.
Por um momento enquanto jantávamos parei para pensar em quando acordei, nunca imaginaria que meu natal seria tão diferente, durante todo esse tempo que degustávamos de tudo o que havia na mesa não conseguia parar de olhar para Tachibana. Nós fomos os primeiros a terminar a refeição pedimos licença aos outros e nos voltamos par a varanda. Era iluminada apenas pelas luzes que vinham de fora: postes e Lua. O que me fazia imaginar várias cenas românticas com a garota que estava agora ao meu lado. Logo ela se sentou em um pequeno muro a nossa direita e eu me sentei ao seu lado apoiando a palma das minhas mãos no murinho. Kanade balançava as pernas enquanto eu encarava uma nuvem que por alguns segundos encobriu a Lua. Estávamos parecendo duas crianças imaturas sem palavras, e era isso mesmo.
já estava achando que nunca mais ia postar xD
ResponderExcluirAs vezes até eu acho isso. Q
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