domingo, 26 de setembro de 2010

Contos de Altamir #8

Ano Dez - Cidade de Agni
No inicio do décimo ano da era Kamael apenas a ilha central não tinha rei, os dois tronos estavam vazios, fato que incomodava a população, em especial aos nobres. Certamente, alguns clãs planejavam reivindicar a coroa para si e os sábios conselheiros sabiam disso. Sabiam que a situação era instável e que a qualquer momento poderia se desencadear uma guerra pelo trono.

Como era de costume, em Agni, na primeira lua cheia do ano, havia uma festa em homenagem a Altamir Gilgamesh, os festejos aconteciam à noite na praça principal da cidade, que ficava em frente ao castelo de Kamael e duravam pouco menos de uma semana. Muitas pessoas de Varuna vinham participar. Era considerada por todos daquela ilha a festa mais esperada do ano, havia bebida e comida farta, muita música, cantoria e dança. Muitos contos antigos eram relembrados naquelas festas, em forma de músicas. Histórias antigas sobre famílias guerreiras que juntas combatiam invasores ou de heróis que derrotavam monstros eram contadas através das vozes em coro, era uma forma de relembrar os grandes feitos dos antepassados guerreiros. Contos em Cantos, como chamavam. Havia muitos Cantos sobre os feitos de Altamir, esses eram os mais ouvidos durante toda a festa.

No terceiro dia, os três sábios responsáveis pela ilha central se pronunciaram antes do inicio da festa. O principal entre eles foi quem falou, foi breve, direto e ao mesmo tempo inconclusivo.
-Ao inicio da próxima lua cheia haverá uma nova festa, e terá inicio uma competição, onde dos participantes será escolhido o rei da cidade Varuna e o de Agni. Todos os que são de família nobre poderão participar, e terão que se apresentar aqui, na frente do castelo de Kamael ao amanhecer após a primeira lua cheia.
Como todos já sabiam, haveria dois reis na ilha central, um em cada cidade principal, e ambos seriam escolhidos pelos conselheiros. Diferente das outras cidades, nessas duas o trono seria disputado, isso gerou inúmeros comentários dos ali presentes. De fato, esse foi o assunto mais comentado dos dias que se seguiram, tanto a noite na festa, quando de dia, na ressaca.

Após os dias de festa os moradores de Varuna voltaram às suas casas levando essa noticia a sua cidade. Em pouco tempo todos em ambas as cidades sabiam da decisão dos conselheiros.

A notícia de que os clãs teriam que competir pelo trono pareceu animadora aos nobres de Agni, o palpite da maioria fazia menção a uma competição armada, de luta, ou de magia, afinal, aquele era um povo guerreiro, nascido para batalha, com corações repletos de fogo, que era o principal símbolo dos clãs da cidade. Por outro lado, em Varuna, achava-se que seria uma competição intelectual, onde o mais sábio seria conhecido, certamente os Clãs da cidade estariam preparados para uma situação onde seus intelectos fossem colocados a prova, assim como os de Agni estavam preparados para uma batalha armada. No entanto, é incorreto afirmar que os nobres em Agni eram ignorantes e grotescos, havia muitos sábios entre eles, assim como também não havia apenas magricelas indefesos nos castelos de Varuna, na verdade, a maioria dos nobres dessa cidade eram assaz habilidosos em batalha, especialmente em magia.

A ansiedade aumentava pelas ruas de ambas as cidades, os preparativos começavam, alguns treinavam, outros estudavam e assim, acreditavam estar se preparando para ser o próximo rei.

2 comentários:

  1. briga briga briga briga
    rs

    --
    muito bom o capítulo
    e você tá escrevendo cada vez melhor!


    bj

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  2. Briga nd, tah na hora desses brutaamontes colokarem suas caixolas pra funcionar!!

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